"Quem me julga pela aparência, corre o
  risco de nunca ver verdadeiramente meu coração."

Em nossas lembranças, os momentos felizes
  de um grande amor tornam-se eternos.

sábado, 5 de abril de 2014

 A CAMINHO DO TRABALHO 
Foi num desses dias em que a gente levanta estressado, com pressa, de mau humor e sai para o trabalho, a pé. Como de costume, caminhava a passos largos. Quando ia atravessar a rua, olhei para o lado e vi uma senhora miúda, franzina, de pele muito clara e cabelos compridos. Ela trazia um coque bem no alto da cabeça. Aparentava ter uns 75 anos, caminhava com dificuldade e balançava o corpo pra lá e pra cá num esforço muito grande. A senhora me chamou a atenção, pois apesar da aparência frágil e a idade avançada, trazia um lindo sorriso no rosto que irradiava luz. Ela se aproximou de mim e, com uma voz suave, perguntou se poderia dar-lhe o braço para ajudá-la a atravessar a rua. Eu estava com muita pressa, atrasada, mas a ajudei assim mesmo. Ela segurou firme em meu braço e  atravessamos a rua. Do outro lado, eu lhe perguntei: Para onde a senhora esta indo? E com o mesmo sorriso, ela me disse: "Estou indo ali". Eu disse que também ia para o mesmo lado. "Então será que posso continuar a segurar seu braço?". Eu já agora sem pressa disse: "Claro que pode". Andamos devagar por mais uns quinhentos metros. A senhora olhou para mim e disse: "Vou ficar aqui, muito obrigada, que Deus lhe proteja". Vi ela subir dois degraus de escada e segui meu destino feliz da vida por ter tido a paciência necessária com aquela senhora.
                                                                                                   SuelyCouto


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