Recolho meus versos...
Os que despejei aos teus pés e me devolveste o reverso,
um versejar sem alma, perverso
Transmuto-me ao inverso...
Deixo de ser eu.
Sou aquela que me perdeu,
que desfez seu pacto com a lua
e o encanto esmoreceu.
E agora, sem poesia, anda nua...
Sem ter porque se inspirar,
a quem amar,
onde ancorar.
Anda a esmo...
nem por si mesmo
é capaz de se edificar.
Apago as estrelas...
Seu brilho já não me diz nada.
No céu, a luz apagada
transpassa pela madrugada
varando uma manhã nublada.
Me encolho feito caracol
sem ver o sol...
Só há sombra
e eu...
(Não sei quem é o autor(a). Gostaria de saber para dar os devidos créditos.
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